Tropas leais ao líder líbio, coronel Muamar Kadafi, estão realizando ataques terrestres contra um dos redutos das forças rebeldes, a cidade de Ajdabiya, no leste do país, após terem feito uma série de bombardeios contra a cidade, na terça-feira.
Ajdabiya, situada da 200 quilômetros de Benghazi, a capital improvisada das forças rebeldes, é a última grande cidade no caminho até o reduto das forças anti-Kadafi.
Os partidários do governo também estão promovendo ataques contra a cidade de Misrata, a única no oeste do país controlada por ativistas contrários ao regime.
Os rebeldes disseram ainda que controlam Ajdabiya e negaram as informações divulgadas pelo governo líbio de que a cidade já teria sido capturada.
Ameaça
Mas os dissidentes temem que caso a cidade caia em mãos dos partidários de Kadafi, Benghazi estará seriamente ameaçada.
''Ele matará civis, ele materá sonhos, ele nos destruirá'', disse Gallal em entrevista à BBC.
''Só a ameaça da força poderá conter Khadafi. O ditador líbio inverteu o equilíbrio de forças por meio de bombardeios, feitos com alguns poucos aviões e helicópteros, contra posições de seus opositores.''
Gallal acrescentou que é possível neutralizar as forças governistas por meio de ataques a áreas específicas. Ele acrescentou ainda que alguns países árabes estariam dispostos a participar dessas ações.
Bloqueio aéreo
Os militantes vêm pedindo a imposição de um bloqueio aéreo sobre a Líbia o que impediria a realização de ataques aéreos contra posições rebeldes.
Mas o tema vem causando divergências entre as grandes potências. Grã-Bretanha e França defendem a zona de exclusão aérea, mas Estados Unidos, Rússia, China e Alemanha têm restrições.
O Conselho de Segurança da ONU está discutindo a criação do bloqueio aéreo sobre a Líbia, que também é defendido pelos paises que integram a Liga Árabe.