A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou nesta quarta que cerca de 500 mil pessoas foram retiradas dos locais onde vivem, no Japão, em decorrência do terremoto, do tsunami e dos acidentes nucleares que afligem o país desde a semana passada. A retirada das pessoas foi determinada pelas autoridades japonesascomo precaução e por medida de segurança. Pelos dados oficiais, até o momento foram contados 3.570 mortos e 7,6 mil desaparecidos. A agência advertiu que faltam energia e medicamentos nos hospitais japoneses e que mais de 20 mil pessoas buscam refúgio. A situação se agrava ainda mais com as baixas temperaturas do inverno no Hemisfério Norte. Estimativas não oficiais indicam que o número de vítimas no país tende a aumentar.
Na sexta-feira passada, um terremoto de 9 graus de magnitude na escala Richter atingiu o Nordeste do Japão, seguido por um tsunami e explosões em uma central de geração de energia nuclear no Norte do país, que provocaram vazamento de material radioativo. A situação piorou em decorrência das dificuldades de acesso a alguns locais e da falta de alimentos, água, energia e combustíveis. A comunidade brasileira no japão reúne aproximadamente 254 mil pessoas que moram, na maioria, no Centro e no Sul do arquipélago. Nas regiões de Miyagi, Fukushima, Iwate e Aomori, as mais afetadas pela tragédia, vivem apenas 777 brasileiros, segundo dados do Itamaraty. Um grupo de 25 brasileiros foi retirado na terça de Miyagi e Fukushima e uma nova operação de resgate está sendo preparada para sexta-feira.