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Estado de Minas

Japão se move para enfrentar crise nuclear


postado em 17/03/2011 07:07 / atualizado em 17/03/2011 09:39

Quase uma semana após a catástrofe, os socorristas advertem que é cada vez mais difícil encontrar sobreviventes(foto: REUTERS/Pichi Chuang)
Quase uma semana após a catástrofe, os socorristas advertem que é cada vez mais difícil encontrar sobreviventes (foto: REUTERS/Pichi Chuang)


As autoridades japonesas mostravam mais decisão nesta quinta-feira para enfrentar a crise nuclear que ameaça o país, com helicópteros militares despejando água sobre os reatores danificados e a tentativa de se restabelecer o bombeamento de água na central de Fukushima, para resfriar o combustível nuclear.

A TV estatal NHK mostrou aparelhos do tipo CH-47 Chinook sobrevoando Fukushima e jogando milhares de litros de água do mar sobre os reatores 3 e 4 da usina.

A medida visa a evitar que o combustível nuclear, especialmente no reator 4, fique exposto e provoque um acidente ainda maior. Varetas de combustível usadas, que continuam desprendendo muito calor, estão em uma piscina situada na parte superior do reator 4, em manutenção no momento do tsunami de sexta-feira passada.

O reator 3 também foi danificado por uma explosão de hidrogênio na segunda-feira, com possível violação do vaso de confinamento. Uma tentativa precedente de utilisar helicópteros para jogar água nos reatores tinha sido abortada na quarta-feira devido aos altos níveis de radiação sobre Fukushima 1.

Em outra frente, a Tokyo Electric Power (TEPCO), operadora de Fukushima, "concentra seus esforços" em restaurar o fornecimento de energia para reativar as bombas dágua dos sistemas de resfriamento dos reatores. Segundo a agência nuclear japonesa, a energia pode ser parcialmente restabelecida em Fukushima 1 por volta do meio-dia (local).

A crise nuclear no Japão teve origem no corte de energia após o tsunami de sexta-feira passada, que paralisou, inclusive, os geradores de emergência da usina de Fukushima 1, derrubando o sistema de refrigeração dos reatores atômicos.

A queda no sistema de resfriamento provocou a evaporação da água e o risco de exposição do material radioativo nos reatores, onde já ocorreram quatro explosões de hidrogênio e dois incêndios, em meio a crescentes níveis de radiação.

A TEPCO está reparando as linhas de energia da Tohoku Electric Power Co., que abastecem a região, para ligá-las ao sistema de transmissão elétrica em Fukushima. "Com o trabalho completo, teremos a capacidade de ativar várias bombas elétricas e jogar água nos reatores e nas piscinas de combustível nuclear usado", destacou um porta-voz da TEPCO.

Infográfico mostra os riscos da radiação


No momento, cerca de 70 homens utilizam bombas de baixa capacidade para atacar o incêndio e resfriar os reatores de Fukushima, com eletricidade de caminhões geradores.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, propôs ao primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, o envio de mais especialistas ao arquipélago para auxiliar as autoridades locais a enfrentar a crise na central de Fukushima. "O presidente Obama informou ao primeiro-ministro Kan que os Estados Unidos estão dispostos a enviar mais especialistas nucleares e participar dos esforços de reconstrução a médio e longo prazo", revelou o porta-voz Yukio Edano.

O terremoto e posterior tsunami que devastaram o nordeste do Japão na sexta-feira passada deixaram 5.178 mortos e 8.606 desaparecidos, segundo o último boletim da polícia, divulgado nesta quinta.

O número de feridos chega a 2.285, e mais de 88 mil residências e prédios foram destruídos.


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