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Estado de Minas

Energia para resfriar usina no Japão é restabelecida


postado em 17/03/2011 10:47 / atualizado em 17/03/2011 11:09

Os níveis de radiação eram mais altos na Prefeitura de Fukushima área próxima da usina Daiichi(foto: REUTERS/Kyodo )
Os níveis de radiação eram mais altos na Prefeitura de Fukushima área próxima da usina Daiichi (foto: REUTERS/Kyodo )


A Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da usina Daiichi, em Fukushima, no Japão, informou nesta quinta-feira que restabeleceu a conexão do cabo de energia. A eletricidade é essencial para que motores, válvulas e bombas mantenham os reatores em uma temperatura adequada. Além disso, a Tepco planeja seguir lançando água para resfriar seus reatores e evitar novas explosões e vazamentos radioativos.


A situação, porém, ainda não está estabilizada e pode piorar, de acordo com a Agência de Segurança Nuclear francesa (ANS, na sigla em francês). Segundo a agência, as situações mais preocupantes são as dos reatores 3 e 4 da usina. "A piora da situação permanece uma possibilidade em Fukushima", disse o vice-diretor da ANS, Olivier Gupta, durante entrevista à imprensa. "Tudo deve ser feito para levar água à usina", disse ele, lembrando que a Tepco utiliza helicópteros e tanques com água para o resfriamento.

(foto: REUTERS/Pichi Chuang )
(foto: REUTERS/Pichi Chuang )


O governo metropolitano de Tóquio informou hoje que o nível de radiação no centro da capital japonesa às 6 horas (horário de Brasília) estava em 0,050 microsieverts (unidade usada para indicar danos biológicos causados pela radiação). O número é pouco maior que os níveis normais. Um exame de raios X, por exemplo, costuma expor o paciente a 100 microsieverts de radiação, segundo a Associação Radiológica da América do Norte.

Os níveis de radiação eram mais altos na Prefeitura de Fukushima área próxima da usina Daiichi. O usina tornou-se fonte de preocupação internacional após o terremoto da sexta-feira passada, que prejudicou o sistema de resfriamento de vários de seus reatores.

Na cidade de Fukushima, 60 quilômetros a noroeste da usina, a radiação estava em 12,3 microsieverts. O governo japonês ordenou a retirada das pessoas que vivem num raio de 20 quilômetros da usina. O maior risco é para os funcionários que trabalham no resfriamento dos reatores.


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