Subiu nesta quinta-feira para 5.692 o número de mortos pelo terremoto de 9 graus na escala Richter e subsequente tsunami que atingiram na sexta-feira o nordeste do Japão, informou a polícia do país asiático. No balanço que contabilizava as vítimas até as 6 horas desta manhã (horário de Brasília), o total de desaparecidos chegava a 9.522.
A tragédia no Japão trouxe também o risco de uma crise nuclear. Nesta quinta, a Tokyo Electric Power (Tepco), proprietária da usina Daiichi, em Fukushima, no Japão, informou que restabeleceu a conexão do cabo de energia. A eletricidade é essencial para que motores, válvulas e bombas mantenham os reatores em uma temperatura adequada. Além disso, a Tepco planeja seguir lançando água para resfriar seus reatores e evitar novas explosões e vazamentos radioativos. A situação, porém, ainda não está estabilizada e pode piorar, de acordo com a Agência de Segurança Nuclear francesa (ANS, na sigla em francês). Segundo a agência, as situações mais preocupantes são as dos reatores 3 e 4 da usina. "A piora da situação permanece uma possibilidade em Fukushima", disse o vice-diretor da ANS, Olivier Gupta, durante entrevista à imprensa. "Tudo deve ser feito para levar água à usina", disse ele, lembrando que a Tepco utiliza helicópteros e tanques com água para o resfriamento. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.