Patriota defende busca pelo diálogo na Líbia, mas não descarta zona de exclusão aérea
O impasse na Líbia deve ser resolvido por meio do diálogo, sem excluir o presidente líbio, Muammar Khadafi, e buscando alternativas que não agravem a crise no país, segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Patriota disse nesta quinta-feira que o Brasil só será favorável à imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia se houver aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
%u201CUma intervenção militar, mesmo que motivada pelos mais nobres sentimentos, pode desencadear uma onda de violência%u201D, afirmou o chanceler. %u201CAcho que deveria tentar alguma coisa, sem ações adicionais que têm o potencial desestabilizador. Merecem ser feitos esforços de diálogo para a redução da violência e uma saída política.%u201D
Porém, o ministro não descartou o voto favorável do Brasil, no conselho, em relação à imposição de uma zona de exclusão aérea na Líbia. %u201CO Brasil não exclui associar-se a uma decisão que venha a apoiar uma zona de exclusão sempre quando definida em termos que nos pareçam razoáveis%u201D, disse.
Patriota disse que até sexta-feira o Conselho de Segurança das Nações Unidas votará a proposta de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a adoção de sanções extras ao país. Segundo ele, o esforço do governo brasileiro é para respeitar as ações promovidas pelas missões das Nações Unidas e africana enviadas para a Líbia.
%u201CDe fato uma das prioridades é salvar vidas e evitar o agravamento da violência, não podemos descartar um esforço de diálogo com Khadafi. O Brasil defendeu muito que se reconheça a importância dessas missões%u201D, afirmou o chanceler.