Depois do acidente, os Estados Unidos ofereceram ajuda imediata às autoridades japonesas, informou ao jornal um alto membro do Partido Democrata do Japão, no poder.
Segundo o jornal, os Estados Unidos propuseram ajuda para desmantelar os reatores danificados na central administrada pela Tokyo Electric Power (TEPCO) em Fukushima, 250 km a nordeste de Tóquio.
O governo japonês e a TEPCO rejeitaram a oferta estimando que "era muito cedo para adotá-la", acreditando ser possível reparar os sistemas de refrigeração.
Segundo o jornal, alguns membros do governo e do partido acreditam que a crise nuclear poderia ter sido evitada se o governo do premier Naoto Kan aceitasse a oferta americana.
Mortos
Segundo o último balanço do governo japonês, foram confirmados 6.405 e 10.259 desaparecidos. O número de feridos é de 2.409.
Reator 3 de Fukushima
Confira o infográfico sobre o risco da radiação nuclear
Sete dias após a tragédia, as chances de se encontrar pessoas entre os escombros com vida são cada vez menores, e o número de mortos deve subir diariamente.
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A central de Fukushima, situada 250 km ao nordeste de Tóquio, foi danificada pelo terremoto de 9 graus e posterior tsunami que devastaram parte da costa leste do país na sexta-feira da semana passada. Não há planos para o uso de helicópteros nesta sexta-feira.