O vice-presidente da Associação de Apoio e Solidariedade AF447, John Clemes, elogiou as últimas iniciativas da Justiça da França. A entidade representa parentes de 80 vítimas do acidente. “Claro que estamos contentes, se é esta a palavra, por ter sido dado um primeiro passo no processo legal para uma eventual responsabilidade por esse acidente”, afirmou Clemes, que perdeu o irmão, Brad, no acidente aéreo.
Os peritos da Justiça francesa questionam a demora da Airbus e da Air France em tomar providências sobre outros incidentes ocorridos antes da catástrofe do voo AF 447 com sensores de velocidade dos aviões, os chamados tubos de Pitot.
A decisão de indiciar a fabricante de aviões ocorre poucos dias antes do lançamento da quarta fase de buscas dos destroços. A previsão é que essa etapa comece no Porto de Suape, em Pernambuco, na próxima segunda-feira (21), e envolva uma nova área de 10 mil quilômetros quadrados.
As investigações na Justiça ocorrem paralelamente às feitas pelo Escritório de Investigações e Análises (cuja sigla em francês é BEA), órgão ligado ao Ministério dos Transportes e responsável pela apuração de acidentes.