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Estado de Minas

Rebeldes líbios coordenam ataques aéreos com países ocidentais


postado em 18/03/2011 15:20 / atualizado em 18/03/2011 16:02

Avião da OTAN decola da base Sigonella, no sul da Itália, na quinta-feira: coordenação(foto: REUTERS/Antonio Parrinello)
Avião da OTAN decola da base Sigonella, no sul da Itália, na quinta-feira: coordenação (foto: REUTERS/Antonio Parrinello)

Khaled Al Sayeh, membro do conselho militar da insurreição em Benghazi, afirmou nesta sexta-feira que os rebeldes líbios estão coordenando com os países ocidentais os alvos que deverão ser atacados nas incursões aéreas contra as forças de Muammar Gaddafi. "Há uma coordenação com os diferentes organismos internacionais sobre as ações a serem realizadas e alguns locais já foram designados", declarou.

A Líbia decidiu hoje encerrar todas as operações militares depois da resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, autorizando ataques aéreos contra o regime. O anúncio, no entanto, foi considerado um "blefe" pelos opositores de Gaddafi, já que as forças leais ao dirigente líbio continuam atacando.

 
Outro comandante dos rebeldes líbios, Khalifa Heftir, declarou que o cessar-fogo anunciado pelo regime "não era importante" para a oposição. "Gaddafi está blefando. Gaddafi nunca diz a verdade. O mundo inteiro sabe que Muammar Gaddafi é um mentiroso. Ele, seus filhos e sua família, e todos aqueles que estão com ele são mentirosos", disse.

 

O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, afirmou que tudo está pronto para uma ação militar na Líbia.

Uma cúpula prevista para este sábado permitir analisar a declaração de cessar-fogo de Trípoli, mas a União Europeia (UE) já está examinando os detalhes do anúncio de trégua do regime líbio, disse a chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton.

 
"Estamos examinando os detalhes para saber qual é o significado do cessar-fogo e de que forma pode influenciar na situação geral", afirmou, lembrando que a comunidade internacional exige a saída do coronel líbio Muamar Gaddafi e o fim de seu regime.

 
Civis


A ONU expressou nesta sexta-feira sua preocupação pela possibilidade de que o regime de Gaddafi exerça represálias contra os civis, num momento em que comunidade internacional discute as modalidades de uma intervenção militar na Líbia.

 
"Estamos muito preocupados com as represálias contra os partidários da oposição, que poderão ser cometidas pelas forças pró-govenamentais e agentes da segurança na Líbia", declarou Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.

 
"Ninguém sabe o que acontece nas cidades que estavam antes em mãos da oposição e que foram reconquistadas pelas forças do governo", acrescentou em coletiva de imprensa.

 
Colville indicou que o Alto Comissariado "está muito preocupado com o fato de que o governo (de Gaddafi) possa exercer um castigo coletivo", enfatizando que "não há ilusões sobre o que este regime é capaz de fazer".

 
Autoridades da ONU afirmaram nesta sexta-feira que 300 mil pessoas já fugiram da Líbia. A população teme que as represálias piorem com a ameça das potências mundiais de atacar o país. Segundo a porta-voz da agência de refugiados da ONU, Melissa Fleming, os números permanecem estáveis, com cerca de 1.500 a 2.500 pessoas por dia atravessando as fronteiras de Líbia, mas a situação pode piorar.

 
A ONU indicou ainda que não conseguiu um acordo com a Líbia sobre as condições de envio de uma missão humanitária. O coordenador humanitário das Nações Unidas para a crise líbia, Rashid Jalikov, viajou ao país conversar em particular sobre as modalidades de envio de tal missão.

 
Durante sua visita, Jalikov notou que uma parte do governo "falou de sua vontade de permitir um acesso às agências humanitárias", indicou à AFP a porta-voz do Departamento de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) Elisabeth Byrs. "No entanto, nenhum acordo final foi concluído quanto à maneira como um organismo interagências de avaliação de necessiades poderia atuar", concluiu.

Rebelde dispara arma anti-aérea, fugindo de Ajdabiyah rumo à Benghazi: reforços ocidentais(foto: REUTERS / Goran Tomasevic)
Rebelde dispara arma anti-aérea, fugindo de Ajdabiyah rumo à Benghazi: reforços ocidentais (foto: REUTERS / Goran Tomasevic)


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