A Itália colocou nesta sexta-feira à disposição suas bases militares em cumprimento com a resolução adotada pela ONU para a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia, o que cria preocupações, já que o país teme represálias por parte de Muamar Kadhafi. Igualmente decidiu o fechamento de sua embaixada em Trípoli, garantindo que assim participará de maneira ativa do cumprimento da resolução da ONU e para demonstrar sua absoluta lealdade para com a União Europeia e a Aliança Atlântica. "Estamos preocupados. A Itália é o país mais próximo, mais expostos, com muitos interesses", admitiu, no entanto, o ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, ao falar ante as comissões das Relações Exteriores do Parlamento sobre as decisões adotadas pelo governo conservador de Silvio Berlusconi.
O governo italiano havia mantido até então uma atitude prudente frente à crise na Líbia, em boa parte devido aos enormes interesses econômicos em jogo e tentava conciliar sua posição com a comunidade internacional. A Itália é ex-potência colonial na Líbia e primeiro sócio comercial desse país até bem pouco tempo.