"O coronel Khadafi agora tem uma escolha. Um cessar-fogo deve ser imediatamente implementado, suas tropas devem sair de cidades controladas por rebeldes e seus fornecimentos de água e eletricidade, normalizados", disse ele.
"Todos os ataques contra civis devem parar. Kadafi deve impedir que suas tropas continuem avançando para Benghazi e retirá-las de Ajdabiyah, Misrata e Zawiya."
"O povo líbio precisa ter acesso a assistência humanitária. Deixe-me ser muito claro: Esses termos não são negociáveis. Se ele não acatar, a comunidade internacional irá impor conseqüências", afirmou.
Em conjunto
O presidente americano afirmou que "temos todos os motivos para acreditar que, se deixado só, Kadafi cometeria atrocidades contra seu povo" e poderia desestabilizar a região.
Segundo ele, soldados americanos não vão ser enviados para operações terrestres na Líbia e os Estados Unidos vão agir "com parte de uma coalizão internacional".
"A liderança americana é essencial, mas não significa que agiremos sozinhos", disse.
"Por isso orientei a secretária Clinton a viajar para um encontro em Paris para discutir com nossos aliados europeus e parceiros árabes a aplicação da resolução 1973", disse ele, se referendo ao texto aprovado pela ONU que autoriza o uso da força militar contra Khadafi.
Ataques
Na sexta-feira, o governo líbio anunciou um cessar-fogo com os rebeldes. Muitos líderes da comunidade internacional se mostraram reticentes a respeito do anúncio.
Horas após o anúncio feito por Tripoli, forças pró-Kadafi atacaram a cidade de Misrata, a única grande cidade controlada por rebeldes no oeste do país, com tanques e artilharia pesada.
Fontes médicas afirmam que os ataques mataram dezenas de pessoas, incluindo crianças. Testemunhas dizem que os ataques de sexta-feira foram os mais violentos desde o início da crise.
O fornecimento de água e eletricidade da cidade foi cortado há dias.
Também há relatos de confrontos nas cidades de Zintan e Nalut, também no oeste.
No leste, nos últimos dias, as tropas do governo vinham avançando na região entre as cidades de Ajdabiya e Benghazi – o principal bastião dos rebeldes.