Hillary Clinton, Sarkozy e David Cameron neste sábado, no Palácio do Eliseu: o desafio de impedir voos de forças pró-Kadafi na Líbia - Foto: AFP PHOTO / POOL / LIONEL BONAVENTURE
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou neste sábado que aviões franceses sobrevoavam a Líbia para impedir "ataques aéreos" das forças do líder Muamar Kadhafi contra a cidade de Benghazi, reduto da oposição no leste do país, e que estão "preparados" para intervir contra tanques de guerra.
Uma zona de exclusão ocorre quando uma potência com superioridade aérea restringe voos em um determinado país para mitigar ou impedir um conflito ou crise humanitária. Sua aplicação não é fácil nem automática - argumento usado pela Rússia antes da votação no Conselho. Impôr uma zona de exclusão exige identificar e destruir as defesas anti-aéreas do inimigo, de modo que os aviões da potência possam voar livremente.
Num conflito como o da Líbia, no qual armas anti-aéreas já caíram nas mãos dos rebeldes, identificar quais são pró-Kadafi e quais estão com o lado que o Ocidente quer proteger é crucial para salvar vidas.
Como lembrado por George Friedman, da agência Stratfor, os radares anti-aéreos líbios podem estar próximos a escolas, hospitais e outros pontos sensíveis.
Há um outro problema. A zona de exclusão não impede o avanço das forças de Kadafi por terra.