O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, advertiu neste sábado que a ação militar contra o regime de Muammar Kadafi vai ser mantida "pelos próximos dias" até que o líder líbio ceda e cumpra "ao pé da letra" a resolução da ONU.
"As operações vão continuar nos próximos dias até que o regime líbio aceite" todas as exigências do texto adotado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, assinalou Juppé em entrevista à rede de televisão "France 2". O chanceler assinalou que o objetivo da intervenção militar, iniciada nesta tarde pela França com 20 aviões que sobrevoaram a Líbia e bombardearam veículos militares de Kadafi, não é derrubar o governante, mas "permitir aos líbios que escolham seu futuro". "Não vamos impor um regime à Líbia, vamos ajudá-los a se libertar", acrescentou. O chefe da diplomacia francesa destacou que "Kadafi perdeu toda sua credibilidade e a comunidade internacional não se deixará enganar". Juppé não respondeu diretamente à pergunta de quanto tempo pode durar esta operação militar. "Assumimos uma grande responsabilidade", afirmou. O ministro também disse que a França conta com o apoio de outros países, e em particular do mundo árabe, algo que Paris considerava "muito importante".