O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúne extraordinariamente nesta segunda-feira, em Nova York, nos Estados Unidos, para analisar uma carta enviada pelo governo do presidente da Líbia, Muammar Kadafi, sobre o agravamento da crise no país e a decisão da coalizão internacional de lançar mísseis, desde sábado, sobre a região.
O representante da China nas Nações Unidas, Wang Min, esquivou-se de fornecer detalhes sobre a reunião que ocorrerá ainda hoje. Na carta, Kadafi diz aceitar o imediato cessar-fogo além de autorizar a presença de monitoramento internacional na região.
As ações do último fim de semana das forças da coalizão lideradas pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela França provocaram reações diversas. Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a ação militar na região com dez votos favoráveis e cinco abstenções - o Brasil foi um dos que se absteve.
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, afirmou nesta segunda-feira que suas declarações sobre os ataques contra a Líbia foram "mal interpretadas". "Estamos comprometidos com a resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, não temos objeção alguma a essa decisão especialmente porque não há necessidade de uma invasão do território da Líbia", declarou.
"Trabalhamos em coordenação com as Nações Unidas para proteger os civis na Líbia", acrescentou Moussa.