Obama e Piñera discutem energia nuclear e crise na Líbia
Os dois presidentes se reuniram hoje em Santiago do Chile, como segunda etapa do giro de Obama pela América Latina
O presidente dos EUA chegou a ressaltar que as ações militares internacionais na Líbia têm como objetivo "exclusivo" apoiar a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas e proteger os civis do país, mas Washington, por sua vez, acredita que o líder Muammar Kadafi deva deixar o poder.
Ao ser questionado por jornalistas sobre o apoio dos Estados Unidos ao golpe de Estado que tirou do poder o presidente chileno Salvador Allende em 1973, Obama comentou que as relações com a América Latina, em alguns momentos, "foram muito difíceis".
"É importante entender a história, mas não ficar preso a ela", afirmou o mandatário, que chegou nesta segunda ao Chile, como segunda etapa de sua viagem pela América Latina.
Já Piñera, durante a coletiva de imprensa, destacou que seu governo não tem intenção de construir uma usina nuclear. "O Chile não vai construir, nem planejar, nenhuma central nuclear durante meu governo", ratificou o mandatário.
Na semana passada, várias entidades ambientalistas e sociais acusaram o chefe de Estado de estar planejando criar usinas devido a um acordo de cooperação nuclear firmado com os Estados Unidos.
Piñera reiterou que a visita de Obama tem um "tremendo significado" para o país e classificou a reunião com o americano como "muito franca e frutífera".
Obama vai encerrar seu giro pela América Latina na próxima quarta-feira, em El Salvador. No último fim de semana, o presidente dos EUA esteve no Brasil.