Iêmen: Saleh propõe sair em 2012, mas oposição quer renúncia imediata
A própria Liga Árabe fez um apelo ao governo iemenita nesta terça-feira, condenando o massacre de civis e pedindo a Saleh que "concentre esforços para salvaguardar a unidade nacional e o direito à liberdade de expressão".
O presidente, que posicionou tanques do exército em pontos-chaves da capital, advertiu nesta terça que uma tentativa de golpe no Iêmen pode levar o país a uma guerra civil, um dia depois de dois soldados terem sido mortos em um confronto entre unidades rivais.
De qualquer forma, Saleh parece a cada dia mais isolado.
Ele também advertiu que "qualquer divisão dentro das Forças Armadas teria consequências negativas para o país em seu conjunto".
A declaração foi exibida pela televisão pública depois do anúncio de renúncias de importantes comandantes militares, incluindo generais e dezenas de oficiais, que manifestaram apoio aos protestos contra o presidente, que está há 32 anos no poder.
O secretário da Defesa britânico William Gates disse à imprensa em Moscou que "a instabilidade (do Iêmen) e a redução do foco no embate contra a AQAP (Al-Qaeda na Península Arábica) é certamente minha maior fonte de preocupação nesta situação".
Indagado se Washington ainda apoia Saleh, Gates disse que não discutiria "assuntos internos sobre o Iêmen".
Treze ativistas da Al-Qaeda foram mortos e cinco soldados ficaram feridos em combates na província de Abyan, no sul do Iêmen, bastião da rede terrorista de Osama bin Laden, informou um oficial de segurança iemenita nesta terça-feira, sem indicar quando ocorreu o incidente.
Nesta terça-feira, o secretário da Defesa americano, Robert Gates, alertou que os atuais distúrbios no Iêmen poderão favorecer a Al-Qaeda, e afirmou estar preocupado com a situação no país árabe.
"Evidentemente, estamos preocupados com a instabiliade no Iêmen", declarou Gates aos jornalistas que viajavam com ele para Moscou, onde se reunirá com o presidente russo Dmitri Medvedev.
"A instabilidade e o desvio da atenção a respeito da AQPA (Al-Qaeda na Península Arábica) é, por certo, minha preocupação principal nesta situação", acrescentou Gates referindo-se à facção da Al-Qaeda no Iêmen.