Primeira missão da Otan contra Kadhafi é controle do embargo de armas
Seus 28 países-membros "concluíram os planos" para executar essa medida e "contribuir com os esforços internacionais, caso seja necessário, para proteger o povo líbio da violência do regime de Kadhafi", ressaltou Rasmussen.
No momento, a coalizão ataca posições do regime líbio e tem como objetivo criar uma zona de exclusão aérea para impedir os voos dos aviões de Kadhafi, em aplicação da resolução 1973 aprovada na quinta-feira pelo Conselho de Segurança.
Os países membros da Otan estão divididos sobre o nível de intervenção que esta deve assumir na ofensiva.
O presidente americano Barack Obama assegurou na segunda-feira que a Otan "desempenhará um papel" em um prazo de "vários dias, e não semanas".
A Aliança "assumirá uma função de coordenação por sua capacidade extraordinária", assegurou Obama, enquanto que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu porque esta fique no controle "em algum momento".
Algumas nações como Itália, Bélgica, Dinamarca, Noruega e Canadá, que também participam dos esforços da coalizão que ataca a Líbia, exigem a transferência rápida do comando das operações para a Otan.
Mas a França resiste a um papel maior, temendo provocar a rejeição do mundo árabe, hostil à Aliança Atlântica, principalmente, por sua guerra no Afeganistão.
A Turquia, apoiada por Alemanha, também se opõe a uma intervenção da organização para evitar qualquer risco de provocar vítimas civis. Ambos os países deixaram muito claro que não participarão das missões de combate na Líbia.
A divisão dentro da Otan se transformou em descontentamento em algumas capitais: a Itália ameaçou em impedir que a coalizão tenha acesso as suas bases para intervir na Líbia e a Noruega assegurou que não dará ordem às seus caças F-16 já estacionados na região para que entrem em ação até que seja determinado o papel da organização.