Kadafi ainda ataca civis, diz almirante dos EUA
O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, pediu a criação de um comitê especial de chanceleres das forças de coalizão para monitorar as operações na Líbia. Segundo ele, a iniciativa foi do presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o Reino Unido concordou com a ideia. O órgão iria "unir os ministros das Relações Exteriores dos Estados que estão intervindo, junto com aqueles na Liga Árabe", afirmou Juppé na Assembleia Nacional francesa.
Juppé disse que as ações futuras da coalizão dependem das atitudes de Kadafi. "As operações militares poderiam parar a qualquer momento", afirmou. Segundo ele, para isso seria apenas necessário que Kadafi aderisse a um cessar-fogo e cumprisse a resolução do Conselho de Segurança para respeitar os civis. O ministro francês disse que o líder líbio deve retirar suas tropas e enviá-las de volta para suas bases.
O primeiro-ministro francês, François Fillon, ressaltou hoje que a opção de enviar tropas por terra para lutar na Líbia estava "explicitamente excluída". "Nós não estamos conduzindo uma guerra civil contra a Líbia, mas uma operação para proteger populações civis, uma operação que está utilizando a força legitimamente".
Segundo a Associated Press, a cidade de Misurata, a última no oeste líbio controlada pelos rebeldes, está sendo atacada hoje por forças de Kadafi. A agência cita um médico, que pede anonimato, dizendo que atiradores de elite têm atacado "qualquer um que estiver andando, enquanto o mundo está observando". "A situação está indo de mal a pior", reclamou. As informações são da Dow Jones.