No entanto, os cientistas da agência afirmaram que não foi possível verificar de onde exatamente a radiação está vindo.
A AIEA informou ainda que o governo japonês não está fornecendo informações suficientes sobre um dos reatores de Fukushima.
Mais cedo, equipes conseguiram conectar cabos de força em todos os seis reatores da usina, o que possibilitaria restabelecer o sistema de resfriamento deles.
Segundo o correspondente da BBC em Tóquio Chris Hogg, a eletricidade somente será reativada depois que todas as inspeções forem realizadas.
Vítimas
A polícia do Japão divulgou nesta terça-feira uma estimativa em que passaria de 22 mil pessoas o número de mortos no terremoto seguido de tsunami, que arrasou a costa leste do país e deu início a uma crise nuclear.
Segundo a agência de notícias japonesa Kyodo News, já são mais de 9 mil mortos e 13 mil desaparecidos.
O prejuízo causado pela tragédia natural no Japão é estimado pelo Banco Mundial em US$ 235 bilhões (cerca de R$ 392 bilhões), e a reconstrução do país pode levar até cinco anos.
Em contrapartida, a conclusão do relatório é que o impacto da tragédia no crescimento japonês provavelmente será “temporário” e terá efeito “limitado” na economia regional.
Alimentos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a detecção de radiação em alguns alimentos é mais grave do que se imaginava inicialmente e que não é um problema localizado.
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Perigo de contaminação radioativa ameaça alimentos no JapãoFukushima retoma operação para esfriar reatoresFukushima tem iodo radioativo 1.250 vezes superior ao padrãoNo entanto, a OMS deixou claro não há evidências de que alimentos contaminados estão sendo exportados para outros países.
China e Coreia do Sul afirmaram que vão intensificar os testes de radioatividade em alimentos importados do Japão.
Também há preocupação em relação à contaminação da água. Segundo a empresa Tokyo Electric Power Company (Tepco), que administra a usina, traços de radiação foram encontrados em amostras da água do mar coletadas perto de Fukushima.