O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não conseguiu desfazer nesta terça a confusão em torno da futura estrutura de comando e dos objetivos da operação militar internacional contra a Líbia limitando-se a dizer que "dentro de alguns dias haverá clareza" sobre essas questões.
"Eu espero que dentro de alguns dias nós tenhamos clareza e um acordo entre aqueles que participam do processo", declarou Obama em entrevista coletiva concedida em El Salvador, última escala de um giro de cinco dias por três países latino-americanos, entre eles o Brasil.
Obama também afirmou que houve uma "redução significativa" dos sobrevoos norte-americanos sobre a Líbia e disse que "muito em breve" será possível afirmar que o objetivo da imposição de uma zona de exclusão aérea sobre o país foi atingido. "Eu não tenho nenhuma dúvida de que conseguiremos transferir o controle desta operação a uma coalizão internacional", disse Obama.
EUA, França e Reino Unido começaram a bombardear a Líbia durante o fim de semana, para implementar uma zona de exclusão aérea. A imposição da zona era uma das medidas autorizadas por uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) na semana passada, com o objetivo de proteger os civis líbios de ataques de soldados leais ao coronel Muamar Kadafi. Ontem, no entanto, o Departamento de Estado norte-americano divulgou nota qualificando a saída de Kadafi como o objetivo final das ações militares. As informações são da Dow Jones.