Jornal Estado de Minas

Cineasta brasileiro comemora fim de gravações na Itália de filme sobre pracinhas

Vicente Ferraz disse que seu filme 'A Montanha' é uma homenagem 'aos milhares de soldados brasileiros que caíram em solo italiano'

Agência Ansa
- Foto: Divulgação
O diretor brasileiro Vicente Ferraz declarou nesta quarta, durante uma coletiva de imprensa em Roma em ocasião do fim das filmagens do longa-metragem "A Montanha", que seu filme é uma homenagem "aos milhares de soldados brasileiros que caíram em solo italiano".
Segundo ele, esta era uma guerra "distante e para a qual eles não estavam preparados", como acrescentou. A produção retrata um episódio pouco conhecido na Itália, quando 22 mil soldados brasileiros desembarcaram em Nápoles para participar como aliados dos últimos dias do conflito.

O filme conta as peripécias de um grupo de combatentes vindos de diversas regiões do país que chegaram ao sul da Itália sem armas, uniformes ou preparação e decidem fugir de uma guerra que nada tem a ver com eles.

Ferraz contou que, assim como os personagens, seus atores também estavam "sem preparação" e que tiveram que passar sete semanas em meio a neve das montanhas do Friuli, onde os termômetros "raramente passavam dos 0 graus", como declara Ferraz.

Atuaram na produção Daniel de Oliveira, Sergio Teixeira "Thogun", Francisco Gaspar, Julio Andrade, Ivo Canelas e o italiano Sérgio Rubini

O Brasil foi o único país da América Latina a enviar tropas à Europa durante a 2.ª Guerra Mundial (1939-1945). Cerca de 25 mil soldados de várias regiões brasileiras combateram na Itália. Destes, 2.762 foram feridos e 465, mortos no conflito que mudou os rumos da História.