O chargista Solda, de 58 anos, que já trabalhou, entre outras publicações, no Pasquim e Jornal do Brasil, além de várias agências de publicidade, foi demitido segunda-feira, 21, do jornal O Estado do Paraná, atualmente publicado apenas na internet, sob acusação de ter feito uma charge com tom racista durante a visita do presidente americano Barack Obama. A retirada da charge do site do jornal e a demissão aconteceram depois que ela foi publicada no blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim, com o título "Não, nós não somos racistas".
O desenho mostra um macaco fazendo o simbólico gesto de "banana" com os braços e traz a inscrição: "Almoço para Obama terá baião de dois, picanha, sorvete de graviola...e banana, muita banana". Na interpretação dos que viram racismo, supostamente o presidente americano estaria representado no macaco. Mas o autor do trabalho discordou dessa opinião. "Jamais faria isso. Nas eleições, eu usei camiseta do Obama, vi que era a renovação" disse.
Segundo ele, o único objetivo foi criticar a pretensão dos Estados Unidos de serem superiores a outros países, inclusive provocando transtornos exagerados durante a visita e exigindo que os ministros tirassem os sapatos para serem revistados. "Não tem nada a ver com o Obama, com racismo, nem com nada", reforçou Solda. "A república das bananas é uma coisa antiga e quis me referir exatamente a isso. É uma banana para o imperialismo, acham que aqui é o quintal deles".
O termo "república das bananas" foi criado pelo cronista e humorista norte-americano Henry, pseudônimo de William Sydney Porter (1862-1910), quando se referia ao colonialismo imposto pelos Estados Unidos na região. Solda afirmou que já utilizou outras vezes o símbolo da "banana", inclusive quando em referência ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Não tenho preconceito, a não ser contra burrice e ignorância", criticou o chargista. "Algum analfabeto funcional ou visual interpretou mal e acho que viu racismo".
Precedente
À época, um longo projeto de lei de gastos do governo americano havia sido aprovado no Congresso, e em Nova Iorque um macaco atacara uma mulher num zoológico. Delonas sugeria que o projeto de lei havia sido redigido por um macaco louco. Nos Estados Unidos, presidentes não escrevem projetos de lei, de modo que a charge não se referia a Obama.
O presidente George W. Bush (2001-2009), por sua vez, foi retratado como macaco em inúmeras ocasiões. Nenhuma das charges causou polêmica.
O desenho mostra um macaco fazendo o simbólico gesto de "banana" com os braços e traz a inscrição: "Almoço para Obama terá baião de dois, picanha, sorvete de graviola...e banana, muita banana". Na interpretação dos que viram racismo, supostamente o presidente americano estaria representado no macaco. Mas o autor do trabalho discordou dessa opinião. "Jamais faria isso. Nas eleições, eu usei camiseta do Obama, vi que era a renovação" disse.
Segundo ele, o único objetivo foi criticar a pretensão dos Estados Unidos de serem superiores a outros países, inclusive provocando transtornos exagerados durante a visita e exigindo que os ministros tirassem os sapatos para serem revistados. "Não tem nada a ver com o Obama, com racismo, nem com nada", reforçou Solda. "A república das bananas é uma coisa antiga e quis me referir exatamente a isso. É uma banana para o imperialismo, acham que aqui é o quintal deles".
O termo "república das bananas" foi criado pelo cronista e humorista norte-americano Henry, pseudônimo de William Sydney Porter (1862-1910), quando se referia ao colonialismo imposto pelos Estados Unidos na região. Solda afirmou que já utilizou outras vezes o símbolo da "banana", inclusive quando em referência ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. "Não tenho preconceito, a não ser contra burrice e ignorância", criticou o chargista. "Algum analfabeto funcional ou visual interpretou mal e acho que viu racismo".
Precedente
Esta não é a primeira vez que um cartum com ilustração de macaco e fazendo alguma crítica a fato relacionado a Obama causa polêmica. Em fevereiro de 2009, o cartunista americano Sean Delonas, do New York Post, foi acusado de racismo por uma charge em que desenhou um macaco morto por policiais.
À época, um longo projeto de lei de gastos do governo americano havia sido aprovado no Congresso, e em Nova Iorque um macaco atacara uma mulher num zoológico. Delonas sugeria que o projeto de lei havia sido redigido por um macaco louco. Nos Estados Unidos, presidentes não escrevem projetos de lei, de modo que a charge não se referia a Obama.
O presidente George W. Bush (2001-2009), por sua vez, foi retratado como macaco em inúmeras ocasiões. Nenhuma das charges causou polêmica.