A Promotoria do Egito anunciou nesta quarta-feira que o ex-ministro do Interior Habib Al-Adli será processado pela morte de manifestantes durante os protestos que levaram à queda do ex-presidente Hosni Mubarak, em fevereiro.
Segundo um comunicado divulgado nesta terça-feira, Adli é acusado de ordenar que os policiais abrissem fogo contra a multidão, em protestos ocorridos a partir de janeiro na capital, Cairo, e em outras cidades egípcias.
A procuradoria se referiu a Adli como responsável pela “morte premeditada e deliberada de alguns manifestantes”.
Além de Adli, outros quatro chefes de segurança da região do Cairo também serão indiciados: Ismail Al-Shaer, Adly Fayed, Ahmed Ramzi e Hassan Abdel Rahman.
Organização de direitos humanos e pró-democracia acusam as forças de segurança do Egito de terem sido violentas e de terem realizado torturas durante os protestos.
Pelo menos 350 pessoas morreram durante as manifestações e milhares ficaram feridas.
No início do mês, o atual ministro do Interior, Mansur Essawy, decidiu extinguir o setor do Ministério do Interior que monitorava os dissidentes políticos durante o governo de Mubarak, que permaneceu quase 30 anos no poder.