Terremoto de 11 de março no Japão é a catástrofe natural mais cara da história
Mas o cálculo, no entanto, fica abaixo das estimativas feitas pelo governo japonês, que acredita em uma conta superior a US$ 200 bilhões, sem contar o impacto sobre a atividade das empresas e as consequências do acidente nuclear de Fukushima. Isso representaria 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto de bens e serviços produzidos no arquipélago), uma estatística que bate com as estimativas do Banco Mundial.
Assim como os cálculos oficiais, a conta do Goldman Sachs leva em consideração os desgastes na infraestrutura, a destruição de casas e empresas na região mais atingida - nordeste - e um aumento "significativo" esperado nos gastos públicos nos próximos anos.
Segundo os economistas do banco, um agravamento do acidente nuclear de Fukushima, ainda em curso, a 250 km a nordeste da capital, poderia fazer o montante subir ainda mais, de forma significativa.
O acidente não apenas fragiliza a confiança dos consumidores japoneses mas desperta, também, a desconfiança em relação a produtos importados do arquipélago.
O setor agrícola já sofreu as consequências: a venda dos alimentos produzidos na região estão proibidas, por causa do índice de radioatividade anormalmente elevado.
Assim, embora o banco americano mantenha a previsão de crescimento anual do Japão em 1,2% para 2011, considera, no entanto, que o PIB vai se contrair no segundo trimestre, seguido por um novo período de crescimento de 2% no terceiro trimestre.
Quanto às empresas, o sismo de 11 de março vai acarretar uma redução de 12% de seus lucros no ano fiscal de 2012. São mais afetadas as vendas das empresas dos setores tecnológico (telefonia móvel, câmeras e semicondutores), automóvel e petroquímica, segundo o Goldman Sachs.
O terremoto, o tsunami e o acidente nuclear obrigaram as empresas japonesas a reduzir e até a interromper suas atividades, num amplo leque de setores, entre eles o automotivo.