Os Estados Unidos condenaram nesta quinta-feira a "repressão brutal" das manifestações na Síria, que provocou a morte de civis e a prisão de defensores dos direitos humanos. A diplomacia americana reagiu com cautela diante das promessas de reforma das autoridades sírias, das quais Washington disse esperar "ações" e não palavras. "As palavras são apenas palavras. Nós nos fixaremos nos atos", declarou Mark Toner, um porta-voz.
"Continuamos consternados com a violência e a morte de civis, particularmente em Deraa (sul), nas mãos das forças de ordem", completou. As autoridades sírias disseram na quinta-feira que estão estudando levantar o estado de emergência em vigor desde 1963, prometendo adotar medidas anticorrupção e anunciaram uma alta dos salários, depois de uma semana de protestos contra o regime em Deraa (sul) nos quais, segundo ativistas, morreram mais de 100 pesoas pela repressão da polícia. O movimento de protesto começou em 15 de março na Síria devido a uma convocação no Facebook sob o lema "a revolução síria", contra o governo do presidente Bashar al Asad. Os Estados Unidos nomeou em janeiro um novo embaixador em Damasco, depois de seis anos de ausência como consequência do assassinato do ex-premiê libanês Rafiq Hariri em Beirute.