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Estado de Minas

França afirma que operações na Líbia devem durar semanas


postado em 25/03/2011 07:25

Forças da coalizão internacional atacam a Líbia sob o argumento de manter a zona aérea de exclusão na região(foto: TOPSHOTS/AFP PHOTO / ARIS MESSINIS )
Forças da coalizão internacional atacam a Líbia sob o argumento de manter a zona aérea de exclusão na região (foto: TOPSHOTS/AFP PHOTO / ARIS MESSINIS )


O comandante do Estado-Maior da França, Edouard Guillaud, declarou nesta sexta-feira que a duração das operações da coalizão na Líbia devem durar semanas e não meses. "Duvido que seja uma questão de dias. Penso que será questão de semanas, mas espero que não seja de meses", declarou o almirante francês.

Segundo ele, não existirá um atoleiro militar no sentido estrito da palavra, "porque evidentemente a solução é política". "Obviamente, agora se trata de encontrar soluções políticas, mas isto já não me corresponde", destacou.

Otan

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, anunciou nesta quinta-feira que a aliança vai assumir o controle da ofensiva militar internacional na Líbia. A mudança do comando pode ocorrer neste fim de semana. Desde sábado (19), as forças da coalizão internacional – lideradas pelos Estados Unidos, a França e Grã-Bretanha – atacam a Líbia sob o argumento de manter a zona aérea de exclusão na região.

Segundo Rasmussen, os 28 países que integram a organização concordaram em agir para frear os ataques contra opositores pelas forças do governo do presidente líbio, Muammar Khadafi. Antes de a decisão ser adotada, o primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, manifestou cautela em relação ao comando da Otan.

Segundo Davutoglu, o acordo foi fechado após uma teleconferência entre ele e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e os chanceleres da Grã-Bretanha, William Hague, e da França, Alain Juppé. “Todas as partes envolvidas expressaram suas preocupações, mas tivemos uma discussão muito eficiente e negociamos para minimizar esses temores”, afirmou o primeiro-ministro turco.

O novo acordo permitirá que as forças da Otan coordenem os diferentes elementos da operação – o embargo a armas, a zona de exclusão aérea e a ação militar para proteger os civis. Segundo especialistas, a estrutura será semelhante à que opera no Afeganistão.

Ontem, o chanceler britânico, William Hague, disse que seu governo continua em contato com rebeldes líbios para que iniciem os preparativos de um processo de transição de poder. Ele afirmou que as negociações estão sendo feitas com o Conselho Nacional Interino, baseado na cidade de Benghazi.


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