Fukushima tem iodo radioativo 1.250 vezes superior ao padrão
Uma nova quantidade de água altamente radioativa foi descoberta na central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, o que pode retardar a retomada das operações de resfriamento dos reatores, informou neste sábado a Agência de Segurança Nuclear.
"Um alagado com água altamente contaminada foi encontrado sob o prédio da turbina do reator 1", disse à AFP um responsável da Agência.
"A razão exata (da presença da água radioativa) não está clara, mas pode ser que a água da bacia do reator tenha vazado por tubos ou válvulas com problemas entre o reator e o prédio da turbina".
Há também até um metro de água sob os prédios das turbinas dos reatores 2 e 4. A Agência de Segurança Nuclear informou ainda que um índice de iodo radioativo 1.250 vezes superior ao padrão foi encontrado no mar próximo à central nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão.
Três operários com botas de borracha foram contaminados na quinta-feira em um alagado muito radioativo em torno do reator 3, e dois estão hospitalizados com queimaduras nos pés.
Técnicos, bombeiros e militares trabalham dia e noite em Fukushima Daiichi para reduzir a temperatura nos reatores e restabelecer os sistemas de refrigeração na central visando evitar uma catástrofe nuclear de grandes proporções.
O primeiro-ministro japonês admitiu nesta sexta-feira que a situação segue "imprevisível" em Fukushima.