Duas semanas depois do pior terremoto da história do Japão, de 9 graus na escala Richter, o país viveu nesta segunda-feira mais um susto. Tremores de magnitude 6,5 graus foram registrados novamente na Região Nordeste. Foi emitido alerta de tsunami pela prefeitura de Miyagi – a área mais atingida pela catástrofe do último dia 11.
As informações são da Agência Meteorológica japonesa e do Instituto de Geofísica norte-americano (cuja sigla em inglês é USGS).
O Instituto de Geofísica dos Estados Unidos também confirmou os tremores de magnitude 6,5 graus na escala Richter. Segundo o instituto, os tremos ocorreram na parte da manhã, a cerca de 100 quilômetros da cidade de Sendai – bastante destruída pelo terremoto seguido de tsunami do último dia 11.
Para especialistas, os novos tremores são provavelmente réplicas dos abalos de magnitude 9 graus que ocorreram há 17 dias. A Agência Meteorológica japonesa emitiu aviso à população costeira de Miyagi sobre a possibilidade de tsunami com ondas de 50 centímetros de altura, em média.
Água
O ministério da Saúde do Japão pediu às engarrafadoras de água em todo o país que suspendam o uso de águas pluviais para evitar contaminações pelos resíduos radioativos da central de Fukushima.
Além disso, o ministério ordenou no fim de semana aos distribuídores de água e estações de tratamento a cobertura dos depósitos com uma lona para isolar os locais de uma possível radiação. Também devem evitar o abastecimento de água dos rios logo após as chuvas.
Tóquio, cidade de 13 milhões de habitantes, e diversos municípios próximos detectaram na semana passada um nível de iodo radioativo na água de torneira superior ao limite recomendado para os bebês.
Na quarta-feira, os habitantes de Tóquio receberam a ordem de não dar água de torneira aos bebês. Um dia depois a suspensão foi proibida.
O ministério da Saúde teme que as chuvas contenham elementos radioativos da central de Fukushima, afetada pelo terremoto e tsunami de 11 de março. A situação gerou a pior crise da história nuclear civil do Japão.