O presidente da Líbia, Muamar Kadafi, apelou terça-feira para que as forças de coalizão – lideradas pelos Estados Unidos, a França e Grã-Bretanha – encerrem a "ofensiva bárbara e injusta" contra o país. Kadafi se referiu aos ataques aéreos promovidos pelos líderes internacionais, seguindo a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, definindo a imposição de uma zona de exclusão (aérea) na região. As informações são da agência pública de notícias de Portugal, a Lusa, e da BBC Brasil.
"Parem a ofensiva bárbara e injusta contra a Líbia", afirmou Kadafi em mensagem, segundo a agência oficial líbia, a Jana. No texto, Kadafi pediu que a Líbia seja deixada aos líbios e alertou a comunidade internacional que ela está envolvida numa "operação de extermínio de um povo em segurança e de destruição de um país em desenvolvimento".
Desde o último dia 19, as forças de coalizão promovem ataques à Líbia. Os líderes internacionais alegam que estão protegendo os civis das agressões de Khadafi. Segundo os líderes, não há possibilidade de haver intervenção por terra.
Uma reunião extraordinária para discutir a crise na Líbia ocorre hoje em Londres, na Grã-Bretanha. A reunião conta com a presença de delegações de cerca 35 países e de representantes órgãos internacionais, como a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon.
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, disse esperar que o encontro garanta ''o máximo de unidade política e diplomática''. Em comunicado conjunto, a Grã-Bretanha e a França conclamaram correligionários do líder líbio a abandoná-lo ''antes que seja tarde demais''.