A morte do ex-vice-presidente José Alencar foi noticiada por jornais estrangeiros poucas horas depois de ser divulgada pela agência Associated Press. O Wall Street Journal destacou que Alencar trouxe "a sagacidade e o apoio de empresários para uma administração dominada por ex-sindicalistas". Para o jornal, Lula e Alencar, "seu principal tenente", trabalharam muito próximos, sendo a taxa de juros a única discordância. Em 2006, Alencar ajudou a levantar dinheiro de empresários para a campanha de reeleição.
A Fox News Latino escreveu que Alencar "tornou-se proeminente como um próspero empresário e dono do grupo têxtil Coteminas, um império econômico que se expandiu para vários países da América Latina e emprega 16 mil pessoas". Sua aliança com Lula simbolizava a união "entre a esquerda e o setor empresarial". A última aparição pública foi em 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, quando recebeu uma homenagem ao lado da presidente Dilma e do ex-presidente Lula.
As lágrimas de Lula e comoção de Dilma foram o destaque da BBC. "José Alencar, de origem humilde, tornou-se empresário multimilionário antes de entrar na politica", diz a agência britânica.
O site da Forbes lembra o tratamento experimental escolhido pelo "magnata dos têxteis" no Centro do Câncer da Universidade de Houston. E cita o ministro Gilberto Carvalho: "Alencar vive no coração de todos os brasileiros".