O presidente Bashar al-Assad disse nesta quarta-feira ao Parlamento que a Síria derrotará o que chamou de "complô" contra seu país.
Foi o primeiro pronunciamento público de Assad desde o início de protestos contra seu governo, há duas semanas. "A Síria é alvo de um grande complô vindo de fora, o ritmo, o formato, vem sendo acelerado", disse ele. Segundo ele os manifestantes foram "ludibriadas" para sair às ruas. Mais de 60 pessoas morreram em protestos violentos que começaram na cidade sulista de Deraa.
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Milhares de manifestantes vão às ruas da Síria apoiar o governo Assad não anuncia fim do estado de emergênciaUm novo gabinete - que desempenhará o papel de implementar reformas - deve ser nomeado até o fim da semana.
Encruzilhada
Sob a lei de emergência em vigor, forças de segurança têm poderes de prisão e detenção sem necessidade de um mandato judicial.
O governo sírio estaria estudando o relaxamento de leis que governam a mídia e o sistema de partidos políticos, assim como o estabelecimento de leis anti-corrupção. Também é esperada a concessão de mais liberdades civis e políticas.
Os protestos se tornaram a maior ameaça ao regime de Assad, de 45, que substituiu seu pai Hafez, após sua morte em 2000.
A crise começou após a prisão de adolescentes que haviam pintado frases anti-governo em um muro na cidade de Deraa, e se espalhou rapidamente para outras províncias.