Jornal Estado de Minas

Metade dos americanos contra intervenção na Líbia

AFP
Quase metade dos americanos se opõe que seu país se envolva no conflito na Líbia, segundo pesquisa publicada nesta quarta-feira e que coloca em evidência o risco assumido pelo presidente Barack Obama ao gestionar um conflito tão complexo.
Na última pesquisa da Universidade Quinnipiac, 47% dos eleitores entrevistados se opõem ao compromisso dos Estados Unidos na Líbia, contra 41% que aprovam.

Apesar de 53% dos consultados aprovarem os disparos de mísseis de longo alcance para destruir as defesas aéreas líbias (33% são contrários), 48% (contra 41%) acham que os Estados Unidos não devem "derrubar o dirigente Muamar Kadafi pela força", uma eventualidade que Obama descartou.

O presidente, que na segunda-feira se dirigiu a seus compatriotas para defender a participação das forças armadas de seu país contra o regime líbio a fim de evitar um massacre em nome dos valores americanos, enfrenta um profundo ceticismo por parte de seus cidadãos, destaca o estudo.

Do total, 58% das pessoas entrevistadas acham, nesta pesquisa concluída no dia do discurso presidencial, que Obama não definiu claramente os objetivos dos Estados Unidos na Líbia, contra 29%, que pensam o contrário.

A mesma pesquisa atribui a Obama a pior cota de confiança de seu mandato, iniciado em janeiro de 2009: 42% de pessoas satisfeitas com sua gestão contra 48% de insatisfeitos.