Segundo o Greenpeace, que realizou análises de radioatividade além de 20 km, as zonas contaminadas não estão repartidas de forma uniforme, e alguns lugares situados a uma distância de mais de 40 km da central são mais perigosos que os outros situados na zona proibida.
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Radiação no mar japonês supera em 3.355 vezes o limiteJapão vai desativar quatro reatores danificados por terremotoAgricultor japonês se mata após saber de contaminação de plantação Japão ordena avaliações de todos os reatores nuclearesNovo barco do Greenpeace chega a Barcelona Fukushima: radioatividade é detectada em lençol d'água subterrâneo"Isso quer dizer que alguém que poderá ultrapassar a dose anual máxima de 1.000 microsieverts em aproximadamente 10 horas", declarou, em coletiva de imprensa em Tóquio, Jan van de Putte, um dos dirigentes do Greenpeace.
Ele citou outras análises preocupantes e estimou que existe uma "contradição entre as cifras e a ausência de ação das autoridades para proteger a população".
"Num contexto ideal, a zona de evacuação teria de ser muito ampla. Mas estamos num contexto de emergência", afirmou, acrescentando que o Greenpeace recomenda "para começar uma zona de evacuação de um raio de pelo menos 30 km, e, além dessa zona, o afastamento prioritário das crianças e mulheres grávidas".
Na terça-feira, o governo japonês indicou que o país está em "estado de alerta máximo" por causa dos problemas na central nuclear de Fukushima, após a detecção de plutônio e de água altamente radioativa no local, que obrigou a interrupção dos trabalhos de contenção da crise.
Durante uma reunião no Parlamento, o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, reconheceu que a situação continua imprevisível e afirmou que seu governo está enfrentando o problema em "estado de alerta máximo".
As operações continuam na usina, com o objetivo de estabilizar a situação nos reatores e reparar os circuitos de resfriamento.
O governo japonês também ordenou avaliações imediatas de todos os reatores nucleares do país para garantir que não serão registrados os mesmos problemas que os da central de Fukushima.
Uma carta foi enviada pelo ministro da Economia, Comércio e Indústria, Banri Kaieda, aos principais executivos das nove empresas regionais de energia do Japão, assim como a outras duas empresas que administram centrais nucleares.
O Japão tem mais de 50 reatores, todos à beira do mar, em um arquipélago ameaçado por tremores diários.