Chanceler de Kadafi renuncia ao chegar a Londres
Mussa Kussa ficou conhecido internacionalmente por seu papel na indenização das famílias das vítimas dos atentados de Lockerbie (1988, 270 mortos) e do DC-10 da UTA (1989, 170 mortos), o que permitiu a retomada das relações de Trípoli com o Ocidente.
O ministro chegou à Grã-Bretanha depois de uma visita de dois dias a Túnis, apresentada oficialmente como uma "visita privada".
"Musa Kusa é uma das principais figuras do governo de Kadhafi e seu papel era representar o regime no exterior, o que já não quer fazer", especifica o texto do Foreign Office.
"Animamos aqueles do entorno de Kadhafi a abandoná-lo e a optar por um futuro melhor para a Líbia, que permita uma transição política e uma verdadeira reforma que responda às aspirações do povo líbio", conclui o comunicado do Ministério de Relações Exteriores.
As forças leais ao dirigente líbio Muamar Kadhafi, no poder há 42 anos e confrontado por uma revolta desde 15 de fevereiro, reconquistaram nesta quarta-feira o porto petroleiro de Ras Lanuf, obrigando os rebeldes a mobilizar-se para o leste.
A renúncia do ministro é "muito significativa" e demonstra que os assessores do líder líbio estimam que o fim está próximo, afirmou um alto funcionário americano.
"Trata-se de uma renúncia muito significativa e um sinal de que os aliados de Kadhafi acreditam que o fim do regime está próximo", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.