A situação na Líbia não pode ser resolvida por meios militares, afirmou em Pequim o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, que pediu um cessar-fogo ao ditador líbio Muamar Kadafi.
"Apenas uma solução política é possível e devemos colocar em prática um processo político", declarou o ministro alemão após uma reunião com o colega chinês Yang Jiechi.
"O processo deve começar com um cessar-fogo respeitado por Kadafi para que um processo de paz tenha início", acrescentou Westerwelle.
O ministro chinês destacou que os dois países optaram pela abstenção em 17 de março, na votação da resolução 1973 que aprovou os bombardeios da coalizão internacional na Líbia. "Isto mostra que os dois países têm reservas em níveis diferentes", declarou Yang Jiechi.
"A China está preocupada com as notícias persistentes sobre mortos e feridos na população civil com o prosseguimento dos combates", disse o chefe da diplomacia chinesa.
"Esperamos que os países envolvidos respeitem a resolução, assim como a independência e a soberania da Líbia". "O caso deve ser resolvido por meios diplomáticos e políticos apropriados", completou.
Brega
A frente de batalha entre os insurgentes e as forças leais a Kadafi se concentrava nesta sexta-feira nas imediações de Brega, porto petroleiro, mas pela primeira vez os jornalistas não foram autorizados a acompanhar o confronto.
Os insurgentes impediam a passagem da imprensa e dos civis pela entrada oeste dee Ajdabiya, que leva à frente de batalha.
Correspondentes da AFP constataram que os confrontos estavam concentrados a 40 quilômetros ao oeste de Ajdabiya, cidade que fica 80 quilômetros ao leste de Brega.