A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) anunciou nessa quinta-feira que não fornecerá armas aos rebeldes que lutam contra o regime de Muamar Kadafi na Líbia. A decisão foi divulgada por seu secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen, no dia que a entidade assumiu o comando das operações militares na Líbia.
O discurso é contrário ao de líderes políticos dos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, que vinham defendendo o reforço do armamento dos opositores de Kadafi. Ao lado do emprego de serviços de espionagem no conflito, o tema desperta divergências entre os membros da coalizão e na Organização das Nações Unidas (ONU).
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e os ministros das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, e da Grã-Bretanha, William Hague, haviam admitido que a coalizão discutia o fornecimento de material bélico aos insurgentes. Hillary chegou a afirmar que a Resolução 1.973, que encarrega a comunidade internacional de usar “todos os meios necessários” para proteger a população civil, autorizaria a entrega do armamento.