Jornal Estado de Minas

Fukushima, "bem pior que Chernobyl", segundo ativista russa

AFP
- Foto: www.in2in.orgA catástrofe nuclear de Fukushima no Japão é "bem pior" que a de Chernobyl de 1986 na Ucrânia, avaliou nesta sexta-feira, em Washington, uma especialista russa em energia atômica. "Chernobyl foi como a explosão de uma bomba suja. A nova bomba suja é Fukushima, e ela vai custar ainda mais caro" em termos humanos e econômicos, advertiu Natalia Mironova, engenheira especiazada em termodinâmica que se tornou uma das principais adversárias da energia nuclear em seu país após a tragédia de 1986. "Fukushima é bem pior que Chernobyl", declarou ela à imprensa, estimando que o acidente nuclear japonês poderia ultrapassar o da central soviética em escala internacional. No nível "sete", o acidente de Chernobyl, considerado o mais grave da história da energia nuclear civil, está no auge desta "escala internacional de acontecimentos nucleares e radiológicos". "Chernobyl estava no nível sete e não havia um só reator acidentado; a catástrofe durou duas semanas", destacou Mironova. Em Fukushima, "nós já estamos há três semanas e quatro reatores estão num estado muito perigoso", acrescentou. A central de Fukushima foi acidentada em seguida ao potente tremor de magnitude 9, seguido de tsunami, no dia 11 de março no litoral do Pacífico no nordeste do arquipélago. A agência de segurança nuclear japonesa avaliou em 18 de março a gravidade do acidente de Fukushima no nível 5 da escala internacional.