Mais de mil civis foram mortos na cidade de Duekoue, na região oeste da Costa do Marfim, de acordo com informações da confederação de organizações humanitárias da igreja católica Caritas. Segundo a entidade, as mortes ocorreram numa área sob o controle de forças que lutam para que Alassane Ouattara assuma a presidência do país. Ouattara é reconhecido internacionalmente como o presidente da Costa do Marfim e insiste para que Laurent Gbagbo deixe o cargo após perder as eleições de novembro.
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Grupos rivais disputam controle do palácio presidencial na Costa do MarfimCosta do Marfim: Partidários de Ouattara negam balanço de massacreSecretário-geral da ONU pede medidas a Ouattara depois de massacreTropas francesas tomam aeroporto de Abidjan Governo de Ouattara prolonga toque de recolher na Costa do MarfimQuatro capacetes azuis 'gravemente feridos' por forças de Gbagbo em AbidjanA Caritas acredita que as pessoas foram mortas à queima-roupa num pequeno bairro da cidade de 50 mil habitantes no momento em que combatentes pró-Ouattara iniciavam uma ofensiva, partindo de duas frentes distintas, que os levaram rapidamente para Abidjã, a capital comercial do país.
ONU
O coronel Chaib Rais, porta-voz da ONU, disse que quase mil capacetes azuis estão em Duekoue protegendo a igreja católica que tem mais de 10 mil (refugiados) em seu interior. Segundo ele, a ONU possui campos militares na área.
Ele disse porém que não tem relatos sobre assassinatos em massa. "Houve confrontos nos dois dias anteriores, no domingo, e pessoas foram mortas, mas eu não posso confirmar esses números", afirmou.
Na cidade de Abidjã, cerca de 1.400 estrangeiros, a maioria cidadãos franceses, se abrigaram hoje num campo militar francês enquanto forças ligadas a Ouattara e a Gbagbo se enfrentavam nas ruas da cidade. "Há cerca de 1.400 pessoas aqui, um terço delas é francesa", disse o coronel Thierry Burkhard que está no campo Port Bouet, localizado no caminho para o aeroporto da cidade costeira. Segundo ele, não há planos imediatos do Exército francês para evacuar os estrangeiros. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.