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Estado de Minas

ONU retira cerca de 200 funcionários da Costa do Marfim


postado em 03/04/2011 13:08

A missão da Organização das Nações Unidas (ONU) na Costa do Marfim começou a retirar cerca de 200 funcionários após os frequentes ataques a sua sede pelas forças leais ao ex-presidente do país Laurent Gbagbo.

Um funcionário da ONU disse que seus colegas foram levados de helicóptero a partir do centro de base das Nações Unidas para o aeroporto. Outro helicóptero iria transportá-los até a cidade de Bouaké.

A Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou neste domingo que os EUA estão "profundamente preocupados" com a situação na Costa do Marfim, os relatos de abusos dos direitos humanos e o massacre de mais de 1.000 pessoas no país. Em um comunicado, ela apelou que Gbagbo deixe o cargo imediatamente.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu que o presidente da Costa do Marfim reconhecido internacionalmente, Alassane Ouattara, tome medidas contra seus seguidores, suspeitos de participarem do massacre de cerca de 800 pessoas na cidade de Duékoué, afirmou Martin Nesirky, porta-voz da organização neste domingo.

Ouattara negou a Ban Ki-moon, numa conversa por telefone na noite de sábado, que seus seguidores estivessem envolvidos nos eventos em Duékoué, de acordo com o porta-voz. O presidente eleito disse também que tinha ordenado uma investigação sobre o incidente.

No sábado, um ministro no governo de Ouattara acusou os soldados da ONU de não protegerem os civis em Duékoué contra os combatentes entrincheirados que apoiam o ex-presidente Gbagbo. As Nações Unidas têm cerca de 11.000 soldados na Costa do Marfim.

O chefe adjunto dos direitos humanos da missão da ONU no país, Guillaume Ngeta, também culpou na noite de sábado combatentes leais a Gbagbo pelo assassinato de cerca de 100 civis em Duékoué. "O secretário-geral expressou particular preocupação e alarme sobre os relatos de que as forças pró-Ouattara possam ter matado muitos civis em Duékoué, localizada no oeste do país", relatou o porta-voz. "O secretário-geral disse que os culpados devem ser responsabilizados", acrescentou.

As Nações Unidas já tinham alertado Gbagbo e seu exército sobre uma investigação pelo Tribunal Criminal Internacional sobre ataques contra civis desde a realização da eleição em novembro no país. Ouattara foi reconhecido como o vencedor no pleito, mas Gbagbo, o líder histórico, recusou-se a deixar o cargo. As informações são da Dow Jones e da Associated Press.

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