Jornal Estado de Minas

Turquia retira 479 pessoas da Líbia

Agência Estado
Centenas de líbios feridos durante a insurgência contra o governante Muamar Kadafi chegaram nesta terça à Turquia, onde foram internados em um hospital de campanha montado às pressas no porto de Cesme, um balneário no mar Egeu. Os passageiros acenavam com bandeiras da Turquia e da Líbia monarquista, usadas pelos rebeldes, quando chegaram ao porto turco. Entre os feridos, estavam duas crianças - uma, aparentemente, com queimaduras no rosto. O navio trouxe da Líbia 479 pessoas, incluídos 21 turcos e 29 cidadãos de outros países. Dos 429 líbios, 321 estão feridos e outros 108 acompanham os pacientes. Do total de feridos, 31 estão em condições críticas. A Turquia conseguiu um cessar-fogo temporário em Misurata entre as forças de Kadafi e os insurgentes, o que permitiu que o navio entrasse no porto, recolhesse os feridos e partisse no último final de semana. O navio depois recolheu feridos líbios e cidadãos turcos e de outras nacionalidades que estavam em Benghazi, antes de partir de volta em direção ao Egeu. Também nesta terça, um avião militar turco levou medicamentos e suprimentos médicos a Benghazi, trazendo de volta mais 14 feridos líbios, informou a agência de notícias Anatólia. A Turquia tem sido um dos países com maior papel na crise humanitária na Líbia. O país retirou pelo menos 25 mil turcos que trabalhavam na Líbia e mais de 6 mil estrangeiros de outras nacionalidades, desde que a Líbia sucumbiu ao caos em meados de fevereiro. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.