O julgamento contra o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi por prostituição de menor e abuso de poder no escândalo sexual conhecido como Rubygate teve início nesta quarta-feira em Milão, sem a presença do chefe de Governo, e pouco depois foi adiado para 31 de maio.
Berlusconi, de 74 anos, é acusado de ter efetuado pagamentos pelos serviços sexuais de Ruby, apelido da jovem marroquina Karima el Mahrung, quando ela tinha 17 anos, e de ter atuado junto à polícia de Milão para obter a libertação da menor quando ela foi detida por roubo no dia 27 de maio de 2010.
Nem o chefe de Governo nem a jovem marroquina compareceram à audiência, que os juízes decidiram adiar para 31 de maio.
Berlusconi, em uma carta entregue por seus advogados aos juízes, afirmou que gostaria de participar na audiência, mas que não foi possível em consequência dos "compromissos institucionais".
Os advogados da jovem marroquina afirmaram que Ruby não se constituirá parte civil no julgamento.
Tanto o premier como Ruby negam que tenham mantido relações sexuais, mas a jovem admitiu que Berlusconi pagou 7.000 euros após um primeiro encontro.
O primeiro-ministro é julgado de acordo com um procedimento particularmente rápido previsto pelo Código Penal italiano que se baseia em "provas evidentes".