Cerca de 130 imigrantes do norte da África estão desaparecidos no mar Mediterrâneo, depois de o barco em que estavam ter virado por conta do mau tempo perto da ilha italiana de Lampedusa.
Outros 48 passageiros da embarcação foram resgatados, e a guarda costeira de Lampedusa (localizada entre o sul da Itália e a Tunísia) está usando lanchas e helicópteros para tentar localizar os desaparecidos.
Há relatos também de que cerca de 20 corpos foram encontrados. A embarcação que afundou na manhã desta quarta-feira era ocupada por cidadãos norte-africanos - incluindo mulheres e crianças – e acredita-se que tenha partido da Líbia ou da Tunísia.
Autoridades italianas informaram que a escuridão e o mau tempo estão prejudicando as buscas.
Imigrantes
Lampedusa enfrenta uma forte onda migratória vinda do norte da África, de pessoas que tentam escapar tanto da pobreza quanto dos conflitos recentes na região.
Como a quantidade de imigrantes na ilha superou o número de habitantes locais, a Itália se viu forçada a levar alguns deles ao continente.
A situação de Lampedusa levanta preocupação entre os demais governos europeus, que temem que as revoltas nos países árabes e muçulmanos provoquem uma explosão no número de pessoas que buscam asilo no continente.
Silvio Berlusconi, primeiro-ministro da Itália, chegou a citar a possibilidade de um "tsunami humano" na Europa.
Nesta quarta, o jornal italiano La Repubblica relatou um acordo feito entre os governos de Berlusconi e o da Tunísia, para conter a imigração oriunda do país em decorrência da instabilidade política.
A Itália disse que dará vistos de permanência temporária a 20 mil tunisianos que já estão em seu território, mas agregou que deportará os demais que chegarem ali.