UE critica Israel por expansão de assentamentos
A chefe de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, criticou hoje os planos de Israel de construir mais de 900 casas e apartamentos em Jerusalém Oriental, dizendo que isso representa um obstáculo para a paz. "Eu estou profundamente desapontada pela aprovação da construção de 942 novas casas no assentamento israelense de Gilo, em Jerusalém Oriental", disse Ashton em comunicado.
A UE também acompanha de perto os planos de Israel para os assentamentos de Monte Scopus, Har Homa C e Pisgat Ze'ev, disse Ashton. "Esses planos poderão prejudicar ainda mais o já frágil ambiente político", afirmou. Na segunda-feira, a câmara de vereadores de Jerusalém deu a luz verde para a construção de mais 942 casas e apartamentos em Gilo, um assentamento que fica em Jerusalém Oriental, setor árabe da cidade que Israel tomou em 1967.
Israel acredita que ambos os setores de Jerusalém, Ocidental (judeu) e Oriental (árabe), são a sua capital "eterna e indivisível" e não considera que as construções em Jerusalém Oriental sejam assentamentos judaicos. Os palestinos, contudo, defendem que Jerusalém Oriental deve ser a capital do seu futuro Estado e são contrários à extensão do controle judaico sobre o setor árabe da cidade.
"Eu reitero que a UE considera que atividades de assentamentos na Cisjordânia, incluída Jerusalém Oriental, são ilegais sob a lei internacional, minam a confiança entre as partes e constituem um obstáculo à paz", disse Ashton, deixando clara a posição europeia. "As ações tomadas pelo governo de Israel vão contra os chamados repetidos e urgentes da comunidade internacional, incluído o Quarteto de Madri, e também são contrárias à rota para ser encontrada uma solução pacífica que preserve a segurança de Israel e reconheça o direito dos palestinos ao seu Estado". As informações são da Dow Jones.