As forças do governo líbio derrubaram dois helicópteros que estavam sendo usados pelas forças rebeldes na região leste do país, informou o vice-ministro das Relações Exteriores neste domingo. Khaled Kaim também criticou a comunidade internacional por permitir que as forças rebeldes operem aeronaves apesar da existência de uma zona de exclusão aérea sobre o país após uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. "Uma clara violação da resolução 1973 foi cometida pelos rebeldes em relação à zona de exclusão aérea. Os rebeldes usaram dois helicópteros Chinook e eles foram derrubados" perto das instalações petrolíferas de Brega, disse ele. "Temos uma pergunta para as forças aliadas - essa resolução foi feita para o governo líbio apenas ou para todos na Líbia?"
A informação não pôde ser confirmada com os rebeldes, mas jornalistas na região disseram ter visto pelo menos um helicóptero aparentemente lutando pelos rebeldes na região no sábado. Entretanto, ele não tinha as características de um Chinook, que é norte-americano, e parecia ser um modelo russo. A maior parte das aeronaves usadas pelo líbios, seja o governo ou as forças rebeldes, são russas. Mas o Diretório das Forças Aéreas Mundiais de 2008 diz que a Líbia tem 20 Chinooks, que são usados principalmente para transporte e cargas pesadas.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que aplica a zona de exclusão aérea, disse que adota a resolução para ambos os lados e que no sábado interceptou um jato rebelde MiG-23 e o forçou a voltar para o aeroporto. As forças da Otan também continuam a realizar ataques aéreos contra as forças de Muamar Kadafi, destruindo 17 tanques, anunciou a aliança no sábado.