Jornal Estado de Minas

Presidente da Colômbia nega haver acampamento das Farc na Venezuela

Agência Estado
- Foto: REUTERS/Jairo Castilla O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, declarou hoje que não há acampamentos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no território venezuelano, ao contrário das acusações que seu antecessor e correligionário, Álvaro Uribe (2002-2010), realizava continuamente contra o mandatário Hugo Chávez. Santos afirmou que as relações entre os dois países estão melhorando e que isso é um "ato de responsabilidade". Desde que assumiu a Presidência da Colômbia, em agosto de 2010, Santos tem mantido uma relação mais pacífica com o governo venezuelano em comparação com o governo anterior. Ele, que foi ministro de Defesa (2006-2009) de Uribe, e Chávez já se reuniram três vezes desde então, sendo que o último encontro ocorreu em Cartagena das Índias, na Colômbia, no início de abril, quando assinaram 16 acordos bilaterais. De visita a Madri, Santos disse à Televisão Espanhola que "temos evidências de que os acampamentos que foram localizados já não estão mais lá", em referência à Venezuela. Nos últimos dias na Presidência colombiana, Uribe acusou Caracas de ser conivente com a presença de acampamentos da guerrilha colombiana em seu território. A acusação custou a suspensão das relações diplomáticas entre os dois países por alguns dias, até Santos assumir o cargo. As acusações, apesar de não terem sido feitas pela primeira vez, foram realizadas em uma reunião extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA), acompanhadas de supostas provas. A retomada das relações entre Colômbia e o país vizinho foi possível por iniciativa do então secretário-geral da União das Nações Sul-americanas (Unasul), o ex-presidente argentino Néstor Kirchner, que faleceu no fim de outubro de 2010. Para Santos, a superação da crise bilateral foi conveniente para a região "aos venezuelanos e aos colombianos". Os dois países compartilham uma fronteira com mais de 2.200 quilômetros e a Venezuela frequentemente reclama que transitam pela divisa guerrilheiros, paramilitares e narcotraficantes.