Porém, o comunicado evita condenar as ações militares ordenadas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na Líbia. Aviões da Otan atacam várias regiões da Líbia justificando a necessidade de pressionar o presidente líbio, Muammar Kadafi, a deixar o poder e suspender as ações contra civis.
No comunicado, Dilma e os demais líderes dos Brics informaram que vão apoiar eventuais ações, autorizadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, na Líbia. “ desejam continuar a cooperação acerca da Líbia no Conselho de Segurança da ONU”, diz o comunicado.
Mas na declaração conjunta, aprovada durante a terceira cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que ocorre em Sanya, no Sul da China, na Ilha de Hainan, os líderes ressaltam a importância do diálogo. “Partilhamos o princípio que o uso da força deve ser evitado”, destacam. “Somos da opinião que todas as partes devem resolver as suas diferenças por meios pacíficos e do diálogo no qual a ONU e organizações regionais desempenhem o papel que considerem apropriado.”
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