"Todos nós concordamos que temos a responsabilidade de proteger a população líbia de um ditador bruta. A ONU deu um mandato claro para isto", afirmou, durante uma reunião de Ministros de Exterior da Otan em Berlim que discutiu os ataques da aliança militar no país africano.
Ramussen disse ainda que a Otan não iria “apenas assistir um regime desacreditado atacar sua população com tanques, foguetes e franco atiradores". "Será mantido o ritmo forte das operações contra alvos legítimos", afirmou. O secretário fez um pedido aos países-membros para que colaborem com a operação enviando mais aviões sofisticados que permitam realizar ataques com mais precisão. No entanto, Rasmussen disse que não recebeu nenhuma nova oferta nesse sentido na reunião em Berlim.
Determinação
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que a Otan, que assumiu o comando da ofensiva na Líbia, iniciado por Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, deve manter sua determinação e unidade contra o governo do coronel Muamar Kadafi. "Como o presidente Obama deixou claro, precisamos ver Kadafi deixar o poder. Somente então uma transição viável pode avançar", disse ela.
A exemplo do que ocorreu na reunião do chamado grupo de contato, que reúne países contrários ao regime líbio, França e Grã-Bretanha pressionaram para que mais países colaborem com reforços militares para a operação.
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Misrata
A TV estatal líbia disse que aviões da Otan lançaram ataques sobre a capital do país, Trípoli, nesta quinta-feira. "Trípoli é alvo de ataques aéreos. Há vítimas civis", disse um apresentador.
Nesta quinta-feira, tropas leais a Kadafi lançaram um forte ataque à cidade portuária de Misrata, a única parcialmente controlada por rebeldes no oeste líbio.
O número de vítimas nos ataques não foi confirmado de forma independente, mas fontes rebeldes falam de dezenas.