O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que está em Tóquio, pediu neste sábado o apoio do Japão para a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e o eventual ingresso do Brasil como membro permanente do órgão. O apelo foi feito durante reunião com o chanceler japonês, Takeaki Matsumoto, que destacou os esforços do Japão em ampliar o sistema de segurança nuclear no país.
Nos últimos meses, Patriota e a presidente Dilma Rousseff intensificaram a campanha pela reforma do conselho e participação do Brasil como permanente no órgão. O apelo por apoio foi feito aos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, na sua visita em março ao Brasil, e da China, Hu Jintao, na semana passada. Para o governo brasileiro, a reforma é um tema urgente e fundamental.
A estrutura do Conselho de Segurança é do final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e, segundo autoridades brasileiras, não corresponde ao mundo atual. A proposta brasileira é de aumento do número de cadeiras de 15 %u2013 cinco permanentes e dez provisórias %u2013 para 25, entre as quais o Brasil se coloca como candidato a uma nova permanente.
Ocupam vagas permanentes no conselho os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e o Reino Unido. São integrantes provisórios em 2011 o Brasil, a Turquia, a Bósnia Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, a Áustria, o Japão, o México, o Líbano e Uganda %u2013 por um período de dois anos.
Durante a conversa com Patriota, Matsumoto informou ainda sobre as ações do governo japonês para evitar os vazamentos radioativos e controlar a contaminação nuclear. As medidas foram tomadas, depois de 11 de março, quando houve problemas na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do Japão, com registros de explosões e vazamentos, provocando contaminação em 12 províncias.