Um teste clínico com mulheres heterossexuais na África que pretendia avaliar a eficácia de um antirretroviral para prevenir a Aids foi suspenso por falta falta de resultados, informou o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
A fundação privada "Family Health International" (FHI) anunciou o fim dos testes clínicos de profilaxia e pré-exposição para prevenir o vírus HIV entre mulheres heterossexuais.
"Os resultados preliminares são decepcionantes, sobretudo porque este mesmo procedimento - com a mesma combinação de antirretrovirais - já havia mostrado sua eficácia para reduzir a infecção do HIV entre os homossexuais", disse o médico Kevin Fenton, diretor do centro nacional para a prevenção da Aids, hepatite e tuberculose.
O estudo dirigido pelo FHI envolveu quase 2.000 mulheres da África do Sul, Quênia e Tanzânia, países com risco de contágio muito elevado.
Metade dos participantes ingeriu diariamente por via oral o Truvada, uma combinação de dois medicamentos antirretrovirais: tenofovir e emtricitabina, do laboratório americano Gilead Science. O outro grupo recebeu um placebo distinto.
No momento da suspensão do teste, o mesmo número de participantes (28) em cada grupo havia contraído a doença, segundo o FIH.