O acadêmico da Universidade de Harvard Lobsang Sangay, de 43 anos de idade, é o novo primeiro-ministro do governo exilado do Tibete.
O resultado do pleito, que aconteceu em março, foi divulgado nesta quarta-feira pelo comitê eleitoral do governo.
Desde a invasão chinesa em 1950 o Tibete é oficialmente uma região autônoma da China. Mas o governo exilado do Tibete, com sede na cidade de Dharamsala, na Índia, luta por mais liberdade para a região.
"O Comitê Eleitoral da Administração Central Tibetana de Sua Santidade o Dalai Lama declarou que o doutor Lobsang Sangay é o terceiro kalon tripa", disse o porta-voz do comitê eleitoral, Jamal Thosang, usando o termo tibetano para primeiro-ministro.
Mesmo sem nunca ter vivido no Tibete, Sangay assumirá o comando do Parlamento tibetano após o anúncio de que o Dalai Lama, de 76 anos de idade, abandonaria as funções políticas, mantendo apenas a função de líder espiritual.
Estratégia
O Dalai Lama disse que a decisão de transferir a responsabilidade a um representante eleito é do interesse do povo tibetano.
Segundo analistas, a manobra pretende garantir que, mesmo que o governo chinês tente escolher o próximo Dalai Lama, os tibetanos terão um líder eleito além do controle do Partido Comunista.
O correspondente da BBC em Dharamsala, Mark Dummet, diz que Lobsang Sangay tem a difícil tarefa de tentar manter a questão do Tibete presente no mundo, enquanto o homem que personifica a luta pelos direitos tibetanos gradualmente sai de cena.
Dummet lembra ainda que o acadêmico foi eleito chefe de um governo que nenhum país reconhece. Além disso, ele terá a China, que não demonstra estar disposta a fazer concessões, como oponente.
Exílio
O novo primeiro-ministro, que nasceu em um assentamento de refugiados tibetanos na Índia, teve 55% dos votos e derrotou outros dois candidatos, Tenzin Tethong, ex-representante do Dalai Lama nos Estados Unidos, e Tashi Wangdi, membro do governo do país.
Lobsang Sangay, de 42 anos, é o primeiro cidadão do Tibete a ter um título de PhD em Harvard, mas nunca visitou seu país.
A eleição do novo representando político tibetano teve a participação de cidadãos exilados de todo o mundo.
Segundo Jamal Thosang, cerca de 83 mil exilados do Tibete puderam votar e 49 mil votos foram contabilizados.
`Caminho do meio´
Lobsang Sangay nasceu na Índia e é especialista em legislação, formado em Harvard. Seu pai deixou o Tibete em 1959, no mesmo ano que o Dalai Lama.
Em um pronunciamento nesta quarta-feira, após o anúncio de sua vitória, Sangay disse que se confortava com o fato de que a transferência das funções políticas acontece enquanto o Dalai Lama "está saudável e disponível para zelar por nós".
"Eu peço a cada tibetano e amigo do Tibete que se junte a mim em nossa causa comum de aliviar o sofrimento dos tibetanos no Tibete ocupado, e para que Sua Santidade possa retornar para seu lugar de direito", disse.
Em entrevista à BBC antes da divulgação dos resultados da votação, o acadêmico disse que qualquer primeiro-ministro eleito deveria pôr em prática a posição do Dalai Lama sobre as relações com a China.
"O que Sua Santidade defende é o `caminho do meio´, que é a autonomia dentro da China e dos parâmetros da constituição chinesa", disse.
"Se a autonomia genuína for concedida aos tibetanos, Sua Santidade afirmou que está disposto a aceitar o Tibete como parte da China."
O Tibete foi ocupado em 1950 pela China, que diz que a região é parte de seu território.
O resultado do pleito, que aconteceu em março, foi divulgado nesta quarta-feira pelo comitê eleitoral do governo.
Desde a invasão chinesa em 1950 o Tibete é oficialmente uma região autônoma da China. Mas o governo exilado do Tibete, com sede na cidade de Dharamsala, na Índia, luta por mais liberdade para a região.
"O Comitê Eleitoral da Administração Central Tibetana de Sua Santidade o Dalai Lama declarou que o doutor Lobsang Sangay é o terceiro kalon tripa", disse o porta-voz do comitê eleitoral, Jamal Thosang, usando o termo tibetano para primeiro-ministro.
Mesmo sem nunca ter vivido no Tibete, Sangay assumirá o comando do Parlamento tibetano após o anúncio de que o Dalai Lama, de 76 anos de idade, abandonaria as funções políticas, mantendo apenas a função de líder espiritual.
Estratégia
O Dalai Lama disse que a decisão de transferir a responsabilidade a um representante eleito é do interesse do povo tibetano.
Segundo analistas, a manobra pretende garantir que, mesmo que o governo chinês tente escolher o próximo Dalai Lama, os tibetanos terão um líder eleito além do controle do Partido Comunista.
O correspondente da BBC em Dharamsala, Mark Dummet, diz que Lobsang Sangay tem a difícil tarefa de tentar manter a questão do Tibete presente no mundo, enquanto o homem que personifica a luta pelos direitos tibetanos gradualmente sai de cena.
Dummet lembra ainda que o acadêmico foi eleito chefe de um governo que nenhum país reconhece. Além disso, ele terá a China, que não demonstra estar disposta a fazer concessões, como oponente.
Exílio
O novo primeiro-ministro, que nasceu em um assentamento de refugiados tibetanos na Índia, teve 55% dos votos e derrotou outros dois candidatos, Tenzin Tethong, ex-representante do Dalai Lama nos Estados Unidos, e Tashi Wangdi, membro do governo do país.
Lobsang Sangay, de 42 anos, é o primeiro cidadão do Tibete a ter um título de PhD em Harvard, mas nunca visitou seu país.
A eleição do novo representando político tibetano teve a participação de cidadãos exilados de todo o mundo.
Segundo Jamal Thosang, cerca de 83 mil exilados do Tibete puderam votar e 49 mil votos foram contabilizados.
`Caminho do meio´
Lobsang Sangay nasceu na Índia e é especialista em legislação, formado em Harvard. Seu pai deixou o Tibete em 1959, no mesmo ano que o Dalai Lama.
Em um pronunciamento nesta quarta-feira, após o anúncio de sua vitória, Sangay disse que se confortava com o fato de que a transferência das funções políticas acontece enquanto o Dalai Lama "está saudável e disponível para zelar por nós".
"Eu peço a cada tibetano e amigo do Tibete que se junte a mim em nossa causa comum de aliviar o sofrimento dos tibetanos no Tibete ocupado, e para que Sua Santidade possa retornar para seu lugar de direito", disse.
Em entrevista à BBC antes da divulgação dos resultados da votação, o acadêmico disse que qualquer primeiro-ministro eleito deveria pôr em prática a posição do Dalai Lama sobre as relações com a China.
"O que Sua Santidade defende é o `caminho do meio´, que é a autonomia dentro da China e dos parâmetros da constituição chinesa", disse.
"Se a autonomia genuína for concedida aos tibetanos, Sua Santidade afirmou que está disposto a aceitar o Tibete como parte da China."
O Tibete foi ocupado em 1950 pela China, que diz que a região é parte de seu território.